Covid-19

Aprovação de autoteste para covid-19 objetiva o diagnóstico precoce

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Marcelo Oliveira (Diário)/

A sensação de agonia e incerteza em ter dúvidas sobre estar ou não com o vírus da Covid-19 é comum, e para facilitar o processo de detecção, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de autotestes no país. A decisão ocorreu no final de janeiro, por meio de uma votação e, por unanimidade, os quatro diretores presentes na reunião aprovaram o exame. A  médica infectologista e membro da Sociedade Riograndense de Infectologia, Andrea Dal Bó, em entrevista ao Bom Dia Cidade, da Rádio CDN nesta quarta-feira, explicou os critérios para a escolha dos autotestes.

Segundo a especialista, o exame serve para realizar um diagnóstico mais precoce e assim, o isolamento imediato. De acordo com a Anvisa, o uso dos autotestes seria uma estratégia de triagem e auxiliaria na diminuição de transmissão do vírus. Sendo assim, o autoteste dá a possibilidade de realização pela própria população, que deve coletar e interpretar o resultado, positivo ou negativo, conforme as instruções do fabricante.

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Apesar da praticidade do exame, a infectologista frisa que mesmo com o diagnóstico do autoteste, não deve-se descartar os demais exames laboratoriais:

- Ele não vai valer como um caso confirmado e nem para fins de notificação, então é necessário ainda procurar um serviço de saúde e fazer outro teste para a confirmação - explica a médica.

É importante ressaltar que todos os casos obtidos pelo autoteste, precisam ser notificados nos sistemas públicos e para isso, o paciente deve procurar um posto de saúde, onde realizará a comunicação ao Ministério da Saúde.

Realização do autoteste

Geralmente o teste usado neste caso é o de antígeno, mesmo realizado por profissionais de saúde em farmácias e em postos de saúde, com uso de uma espécie de cotonete. Após a aplicação, o resultado sai em até 20 minutos.

O autoteste não é indicado para a apresentação de resultado negativo para coronavírus em viagens internacionais, para licença médica laboral, realização em terceiros, em pessoas com sintomas graves (falta de ar e/ou confusão mental) ou para definir diagnóstico.

De início os exames só serão comercializados em farmácias (desde que sejam autorizados pela Anvisa), mas poderão vir a ser distribuidos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a exemplo de outros países. 

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A Anvisa tomou a decisão após o adiamento do tema da reunião que iria cobrar o Ministério da Saúde por mais informações sobre a política pública de autotestagem e notificações de casos positivos nas estatísticas oficiais. E estima-se que será publicada a resolução que libera o uso do autoteste no Diário Oficial da União (DOU).

Vacinação e aumento de internações em crianças por conta da Covid-19

Ainda durante a entrevista, a infectologista que atua em Caxias do Sul, ressalta o quanto a vacinação no estado conseguiu avança e com isso, o impacto menor de internações também foi visível, muito diferente do apresentado na última onda. 

- Mas de qualquer forma estamos tendo internações, principalmente de não vacinados ou pessoas com esquema vacinal em atrasado. Por isso, a gente orienta que a população fique atenta a isso, mantendo seu calendário vacinal atualizado -, enfatiza a médica. 

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Em conjunto com este ponto, a infectologista traz a situação no aumento de internações de crianças no estado, por decorrência da Covid-19. Segundo ela, desde o início da pandemia existe uma ideia de que crianças não adoecem ou não apresentam problemas derivados do vírus. De acordo com a médica, o Rio Grande do Sul já teve cerca 174 casos de Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica associada à covid-19, levando muitas crianças a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). 

-  É muito importante que os pais estejam atentos com relação a vacinação das crianças, procurem vacinar seus filhos porque realmente nós temos observado aumento de internações pediátricas tanto em leito de enfermaria quanto leito de UTI -, comenta. 

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Por fim, a infectologista destaca que o caminho mais seguro para fugir do vírus é por meio da vacinação e o impacto que houve no ano passado em internações e óbitos, pode ter a mesma preocupação diante dos aumentos de internações em crianças.  

- Ainda é cedo para pensar no fim da pandemia ou ter uma conclusão assim, pois o vírus muda muito e o que sabe é essa ômicron é muito transmissível. No entanto o cenário é diferente, temos 70% da população com duas doses e parece que ela é menos agressiva, provocando menos estrados na parte pulmonar. Porém isso não quer dizer que a próxima variante será da mesma forma, por isso todo e qualquer cuidado, como evitar aglomeração, usar a máscara e a higienização devem permanecer -, conclui a infectologista; 





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